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Editorial - Numa palavra
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Numa palavra
Numa palavra

EditorialEdição 60713/05/2015

Há idiomas através dos quais não é possível exprimir-se um sentimento qualquer numa única palavra. Dizem os entendidos, por exemplo, que “saudade” é expressão que somente existe na língua portuguesa. A língua portuguesa, realmente, é extremamente rica, e, numa palavra, podemos expressar um pensamento ou sentimento. Por exemplo, o sentimento de revolta. Dois casos recentíssimos na terra brasilis: um aconteceu em São Paulo, semana passada; outro vem acontecendo aqui na Bahia, desde o início do ano. Ambos os casos podem estar acontecendo em todos os estados brasileiros. Não sei se também aí em Minas Gerais mas, se estiverem, a palavra vale para as terras alterosas também. O governo paulista, através da Sabesp – companhia de saneamento responsável pelo tratamento e distribuição de água, como nossa Copasa daí – fez uma tremenda campanha para que, sobretudo os paulistanos, economizassem água. A campanha incluiu não apenas a concessão de descontos para quem economizasse, como multa para aqueles que desperdiçassem o precioso líquido, e até um disque denúncia para que vizinho dedurasse vizinho que lavasse o carro na garagem ou no passeio. Deu certo: houve uma boa economia. Agora, a Sabesp, com a anuência da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo, aumentou em mais de 16% a conta de água dos paulistanos. Motivo dado, na maior cara de pau, pelos responsáveis pela autorização do aumento: com a economia que os paulistanos fizeram atendendo à campanha, diminuiu a arrecadação da Sabesp, sendo necessário o aumento nas contas para compensar a diminuição da arrecadação. Na Bahia, consumidores de energia fornecida pela Coelba estão recebendo duas contas para pagarem no mesmo mês. A alegação da concessionária, que está fazendo isto autorizada pela Agerba – agência que regula os serviços públicos aqui – é que mudou o sistema de medição que, agora, seria pelo “consumo real” (???). Uéééé, então, antes não era? A Coelba também diz que é “apenas” uma fase de adaptação e que as contas não se referem ao mesmo período de consumo, mas, para quem sabe ler – e, felizmente para a Coelba, a maioria dos consumidores baianos (e brasileiros) ainda não sabe – verifica, claramente, nas faturas que se referem, sim, ao mesmo período de consumo, com diferença, quando há, de apenas um ou dois dias. Então, qual a palavra que, em bom português, usaríamos para nos referirmos às duas situações expostas?? Que tal, ladroagem???


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