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Editorial - Crimes inusitados
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Crimes inusitados
Crimes inusitados

EditorialEdição 59221/01/2015

Se os fatos houvessem ocorrido no Jardim Ângela, em São Paulo, não seria novidade para ninguém. Considerado o bairro mais violento da capital paulista, são absolutamente comuns as execuções ou brigas de bar que acabam em mortes por lá. Também são comuns em bairros violentos de outras capitais, cidades de grande ou médio porte do país. Na semana passada, Itajubá entrou, lamentavelmente, para o rol dos crimes que, pelo menos por aqui, nos parecem inusitados. No dia 15 de janeiro, um homem, após uma discussão ocorrida nas proximidades de um supermercado, atacou seu desafeto e nada menos do que outras quatro pessoas, já no interior do estabelecimento, localizado não na periferia da cidade, mas num bairro, hoje, já considerado nobre, próximo ao Centro. Apenas dois dias depois, 17 de janeiro, a cidade é abalada pela notícia de um novo crime, desta vez também num estabelecimento comercial frequentado pela alta classe média itajubense, quando um ex-marido, movido, segundo informações da polícia, por ciúmes, invadiu o local e atirou na ex-esposa que ali trabalhava. Crimes desta natureza, praticados por quem não tem passagens anteriores pela polícia e em locais onde, naturalmente, temos razão para acreditarmos que estamos cobertos pela máxima segurança, nos trazem a certeza de que segurança absoluta não existe. Seria possível esperarmos um assalto a um supermercado ou a um bar de alto nível, e que, deste assalto, restassem vítimas, como vimos ocorrer em outras cidades e foram fartamente noticiados pela imprensa. Mas crimes movidos por questões de natureza íntima e pessoal, como ciúmes ou um desentendimento momentâneo entre dois cidadãos, que acabam, como no caso do supermercado, fazendo vítimas que nada têm a ver com o desentendimento, fogem a qualquer previsão lógica. Num país onde já estamos nos acostumando a esconder nossas casas com elevados muros, ou protegermo-nos no seu interior com grossas grades nas janelas e portas, aprisionando-nos e aos nossos filhos, tomara que, pelo menos em Itajubá, não tenhamos que ir às compras ou tomar um chopinho vestidos com armaduras, como na época das Cruzadas.


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